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sexta-feira, 2 de março de 2012

Liberdade?

Nacionalismo, religião, compaixão e suas vertentes - todo tipo de coisa que cerceia a verdadeira e legítima liberdade do ser humano. 
Mas ter o ideal de liberdade já não é construir muros ao invés de destruí-los? O que é a liberdade além do homem como humanidade?
Imagino algo como energias, pontos de luz flutuando pelo buraco negro do universo. Pois, como se libertar de tudo aquilo que nos faz ser quem somos? E quem somos além de tudo isso? Quem seríamos se os ideais de sociedade não existissem?
Existiríamos, afinal?
Permeiam idéias de que o ser humano nunca poderá ser livre simplesmente por ser humano. A liberdade pode ser um objetivo inatingível, pelo excesso de paradoxos contidos na relação Homem x Liberdade.
Como pode ser livre alguém que tomou a decisão de sê-lo? Decisões fazem parte de um universo de escolhas e escolhas são verdadeiros abismos entre querer e fazer.
Para a maioria dos filósofos, conquista-se a liberdade através do acumulo de sabedoria. Mas não é verdade que, quanto mais se sabe, mais ficamos dependentes de informações alheias? Até que ponto o conhecimento nos fornece a base necessária para que possamos despertar em nós mesmos nossas próprias opiniões?
Não sei se nossas idéias nascem a partir de uma história contada por outros. Talvez isso borre ainda mais a nossa visão a respeito de nós mesmos.
Será?

Provavelmente a história – o passado, o acontecido – é um grande obstáculo em nossa busca pela íntima verdade. Podemos confiar em livros, informações traduzidas e reeditadas que passaram por inúmeras mãos absorvendo o entendimento e compreensão de diferentes pontos de vista? São dados confiáveis?
Mas então, como adquirir conhecimento?
Consideremos o conhecimento particular, sem a interferência de ruídos de outras mentes. Viagens e caminhadas são uma ótima forma de absorver opiniões legítimas – as suas!
É o que você vê o que entra de forma limpa e clara na sua profundidade pessoal. Precisamos fazer nossa própria história – um passado curto, certamente, mas puro e legitimo.
Seria este o primeiro passo para alcançar a liberdade?
A partir disso, talvez pudéssemos ignorar o ideal de sociedade como um todo e viver como indivíduos. O amor ao próximo, por mais pessimista que possa parecer esta idéia, está absurdamente distante da liberdade pessoal. Podemos deduzir então que, viver com outras pessoas é o oposto de ser livre?

Buscando a liberdade, inúmeras pessoas isolaram-se do mundo. Mas desde quando vir-se obrigado a estar distante é estar mais próximo de ser livre?
Isto não é liberdade, é solidão. E solidão é uma masmorra.
A liberdade compreendida pelo ser humano é muito limitada. Querer, desejar, buscar... Todos são fatores de submissão acerca de si mesmo.
Não, o homem nunca será verdadeiramente livre, simplesmente porque é. Para alcançar tal objetivo, apenas o não-ser; o nada.
O resto resume-se a espontaneidade e independência.

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