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terça-feira, 1 de maio de 2012

Utopia

Chegamos a um tempo em que cansamos de nos revoltar contra nossas próprias mentes limitadas e, exaustos, passamos a odiar aqueles que tentam abrir nossas mentes.
Nos sentimos fracos diante de cada opinião política precipitada, cada Big Brother Brasil, cada erro de português e página de revista Veja, que representam uma gota no oceano de problemas que enfrentamos – ou deveríamos, no mínimo, enxergar.
Somos pisoteados pela ilusão de opinião própria, por trás da qual sempre há a midia impressa e televisiva.
Enquanto isso, em alguma ilha que ainda resiste aos tsunamis da falta de cultura, estão aqueles que perdem horas, dias e até anos de suas vidas escrevendo linhas a respeito de qualquer coisa que não sabemos o que é, com o intuito de gotejar algum conhecimento na terra seca de nossos cérebros, enquanto nós estamos mais preocupados com o próximo capítulo da novela das nove.
Estes pensadores – chamados assim para diferenciá-los do resto da espécie – são de dar pena. Uma grande e longa piada sem graça, daquelas que nunca lembramos o final.
Vencidos pelo cansaço na luta contra a ignorância, só nos resta cultivar a revolta contra estes pobres homens preocupados em salvar-nos da nossa liberdade utópica. E celebrar o descanso mental na rede social mais próxima.

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