Chegamos a um tempo em que
cansamos de nos revoltar contra nossas próprias mentes limitadas e, exaustos,
passamos a odiar aqueles que tentam abrir nossas
mentes.
Nos sentimos fracos diante
de cada opinião política precipitada, cada Big Brother Brasil, cada erro de
português e página de revista Veja, que representam uma gota no oceano de
problemas que enfrentamos – ou deveríamos, no mínimo,
enxergar.
Somos pisoteados pela ilusão
de opinião própria, por trás da qual sempre há a midia impressa e
televisiva.
Enquanto isso, em alguma
ilha que ainda resiste aos tsunamis da falta de cultura, estão aqueles que
perdem horas, dias e até anos de suas vidas escrevendo linhas a respeito de
qualquer coisa que não sabemos o que é, com o intuito de gotejar algum
conhecimento na terra seca de nossos cérebros, enquanto nós estamos mais
preocupados com o próximo capítulo da novela das
nove.
Estes pensadores – chamados
assim para diferenciá-los do resto da espécie – são de dar pena. Uma grande e
longa piada sem graça, daquelas que nunca lembramos o
final.
Vencidos pelo cansaço na
luta contra a ignorância, só nos resta cultivar a revolta contra estes pobres
homens preocupados em salvar-nos da nossa liberdade utópica. E celebrar o
descanso mental na rede social mais próxima.
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