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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Liberdade

Liberdade em excesso vira ócio. E enjoa.
É confortavel não precisar se apegar a nada nem a ninguém. É extremamente confortável não ter que prestar contas, não ter que estar presente, viver sem cobranças, sem elos, sem saudade, sem apego...
É muito fácil entitular-se LIVRE com o único objetivo de não criar laços... porque sem laços não há riscos... não há lágrimas...
Mas sinceramente... também não há intensidade, não há sorrisos na alma, não há vida!!
Essa falsa liberdade, que nos prende ao jeito livre de ser. PRECISAR ser livre é caminhar para o lado oposto.

Ser livre é amar sem medo do que pode acontecer. É estar ali até as últimas consequências, é atestar a submissão quando quiser, mandar quando quiser, chorar se for preciso, assumir compromissos e cumprir.
Ser livre é se preocupar com os outros, evitar dizer coisas que possam magoar, não fazer aquilo que não gostaria que fizessem com você, assumir seus próprios erros.
Ser livre é até mesmo admitir a dependência moral ou física. De algo ou alguém.
Ser livre é não ter medo de pensar, fazer e viver.
É ser livre naquilo que nos traz prazer, independente da forma que isso acontece.
Ser livre nos laços, na saudade, no apego.
Esteja livre para sentir falta de alguém.
Esteja livre para colocar quem você quiser no patamar de importância que você quiser.
Sejamos livres por sermos nós mesmos! Ainda que tristes... ainda que apaixonados... ainda que sozinhos... sejamos nós.

Mas aquela liberdade... ah, aquela vira ócio!
E enjoa.